O projeto Forró na UFRN contribui para a transformação de vida dos praticantes
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Praticantes do Forró na UFRN. |
Em 2015, na Universidade de Toronto, no Canadá, um grupo de amigos da capital potiguar, que faziam intercâmbio, começaram a praticar aulas que se assemelham com o forró pé de serra. Foi paixão na certa. E querendo praticar esse amor adquirido, voltando para Natal/RN, se depararam com uma situação complicada: não havia uma academia de dança especializada no pé de serra.
A equipe de reportagem do Caderno de Pauta entrevistou a Erika Vivian, formada em Teatro na própria Universidade, ela contou a importância do Forró na UFRN na sua vida pessoal. Ela entrou no projeto como participante e hoje faz parte da equipe de professores de forró. “Entrei no projeto com um pensamento de senso comum, que já sabia dançar forró, quando percebi que era música somente com sanfona, zabumba e triângulo, pensei: 'forró de véi'. E estava totalmente enganada. Hoje sou apaixonada por forró pé de serra, descobri que existem vários ritmos dentro do forró, que eu tinha esquecer o que o mundo me ensinou", relata. Ela diz que foi no projeto que descobriu o prazer em dançar, em ouvir, em abraçar alguém e viver a experiência que o forró pode proporcionar em apenas uma música.
Uma vez que é normal os alunos acharem que sabem de alguma coisa sobre a prática, o projeto faz questão de desconstruir conceitos: um deles é quanto a questão de diferenciar forró eletrônico, o que mais aparece na mídia, do xote, o pé de serra.
Ela fala também como valorizou a cultura do Nordeste, a partir do conhecimento dos vários arranjos presentes no gênero. “A importância cultural de conhecer a história do forró pé de serra e a criação do projeto forró na UFRN, me fez valorizar ainda mais o que é nosso. Que eu desconhecia. O forró faz parte da gente, é a cultura que é introduzido a nós na escola, na quadrilha junina, mas não nos contam que é um dos ritmos do forró, que ainda existe o xote, o xaxado, o baião. Dançamos pela diversão. Que é maravilhoso! Mas quando você descobre a grandiosidade da comunidade forrozeira, percebe que pode vivê-lo todo dia, sem precisar esperar por junho chegar, a vida fica mais completa. Quanto mais se conhece do forró, mais se quer viver ele, apresentar pra todo mundo e ter orgulho de fazer parte da história do nordeste”.
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ResponderExcluirBoa reportagem.... gostei muito... parabéns Pedro Henrique (e equipe)...abraco!!
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