Por
Luiz Gustavo Ribeiro e Vinícius Veloso
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capa da matéria- divulgação do álbum "Scream" de Michael Jackson, via twitter |
Culturalmente é comum que os grandes
artistas continuem faturando muito dinheiro com novas obras e remakes após a
morte. No final de setembro, Scream o
terceiro álbum póstumo de Michael Jackson, chegará aos serviços de streaming.
Desse modo surge o questionamento, você já se perguntou de onde vem essas músicas ou qual é a fórmula
desse sucesso?
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foto de Chester Bennington, ex-vocalista do linkin park |
Em julho de 2017, o mundo da música
recebeu a triste notícia do suicídio de Chester Bennington, líder e vocalista
da banda Linkin Park. O disco One More
Light, lançado em maio pelo grupo, subiu suas em vendas em cerca de 461%,
alcançando marcas importantes das paradas de álbuns como o 17º lugar da
Billboard 200, logo após uma semana da tragédia. Esse fenômeno de faturamento
está relacionado com a psicologia e devoção dos fãs, além da cobertura
midiática e propagandística aliada ao repertório musical, que continua sendo
ouvido mundo afora. A arrecadação por parte das celebridades falecidas, chega a
alcançar a casa dos milhões de dólares.
Anualmente a Forbes, renomada
revista norte-americana, faz um balanço das personalidades que mais lucraram
após a morte. Em 2016, entre os doze primeiros estão seis músicos, são eles:
Michael Jackson - R$ 2,7 bilhões (1), Elvis Presley - R$ 87,8 milhões (4),
Prince - R$ 81,3 milhões (5), Bob Marley - R$ 68,3 milhões (6), John Lennon -
R$ 39 milhões (8) e David Bowie - R$ 34,1 milhões (11).
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capa do disco póstumo "Sabotage" do rapper Sabotage |
Esse rentável sucesso, na maioria
das vezes, é proveniente de álbuns póstumos. Casos como Jimi Hendrix que com
apenas três álbuns lançados durante sua vida, deixou muito material gravado e
desde sua morte já foram lançados 12 álbuns póstumos. Também é o caso do
renomado rapper Tupac, que havia lançado 5 álbuns até ser assassinado, após sua
morte mais 5 discos foram lançados, o que gerou a polêmica de que ele teria
fingido a própria morte. Outros grandes artistas deixara material bruto
gravado, nomes como: Amy Winehouse, John Lennon, Freddie Mercury (Queen), Bob
Marley e Kurt Cobain (Nirvana).
No Brasil, esse fenômeno não é
diferente. O rapper Sabotage, que foi assassinado em 2003, na zona sul de São
Paulo, devido a uma vingança relacionada à disputa de tráfico de drogas, deixou
arquivos que foram lançados em um álbum póstumo em 2016, cujo nome é Sabotage. Na época da sua morte, ele
vivia o auge da carreira, e já tinha lançado o disco Rap é compromisso (2000). Treze anos depois, Daniel Ganjaman,
produtor musical, estava com as músicas gravadas pelo cantor, do período de
2001 à 2003. O produtor trabalhou com afinco para homenagear o rapper, e contou
com a participação de músicos, amigos e produtores como Negra Li, BNegão, Tejo
Damasceno, DJ Cia, Quincas Moreira, Céu, Tropkillaz, Rappin Hood e entre outros
artistas. O disco conta com 11 faixas inéditas do cantor, e está disponível em
serviços de streaming para os fãs de Sabotage. “Sabota” contribuiu muito para a
cultura do rap e hip-hop nacional, e é tido como um dos maiores ícones do
gênero no país.
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foto de Renato Russo |
Dentro desse contexto, em 2003, a
gravadora EMI, lançou o álbum póstumo Presente,
de Renato Russo, em que o jornalista Marcelo Froés, teve permissão dos
familiares de Renato, para vasculhar os arquivos pessoais do cantor, sete anos
após sua morte. O disco contém 13 faixas, além de trechos de entrevistas com
Renato Russo, e músicas com participações de outros cantores e compositores,
como Flávio Venturini e Leila Pinheiro. O nome do álbum, foi parte de uma
homenagem em referência à data de aniversário de nascimento do cantor.
Já em 2014, Matt Forger que foi
engenheiro de música de Michael Jackson afirmou que o cantor costumava gravar
mais músicas do que o necessário para os seus discos. Então após o sucesso de Michael (2010) e Xscape (2014), foi revelado que o rei do pop teria material
suficiente para lançar cerca de mais 8 álbuns póstumos, sem contar com o que
poderá ser encontrado ao longo dos anos.
Portanto, o mundo conhecerá Scream o terceiro álbum póstumo de
Michael Jackson - que tem o mesmo
nome do single que o cantor fez com sua irmã Janet Jackson em 1995. O álbum
será basicamente uma junção de grandes sucessos, contando com 13 faixas e
chegará aos serviços de streaming no dia 29 de setembro, enquanto suas versões
físicas em CD e LP, serão lançadas em 27 de outubro.
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