Debate na Band RN com os candidatos ao Governo do RN. Foto: Divulgação/Band RN
Ontem, quinta-feira (16), começou oficialmente o período de campanha eleitoral deste ano e, a partir de agora, os candidatos podem propagar e promover suas candidaturas. Foi para dar a largada que ocorreu o primeiro debate entre os oito candidatos à Governador(a) do Rio Grande do Norte promovido pela emissora Band RN: Brenno Queiroga (Solidariedade), Carlos Alberto (PSOL), Carlos Eduardo Alves (PDT), Dário Barbosa (PSTU), Fátima Bezerra (PT), Freitas Junior (Rede), Heró Bezerra (PRTB) e Robinson Faria (PSD).
O debate foi estruturado em cinco blocos, onde os candidatos fizeram perguntas entre si e responderam perguntas de telespectadores e jornalistas. Segurança pública e educação ficaram entre os temas mais comentados, sendo seguidas pelas questões relacionadas ao turismo, corrupção, saúde e saneamento.
A discussão entre os candidatos à próxima gestão do Governo do Estado foi marcada por trocas de farpas, críticas e poucas falas propositivas. O atual governador, Robinson Faria, foi o alvo preferencial dos adversários, sendo bastante questionado quanto à sua gestão ainda em andamento. Candidato a reeleição, ele se concentrou em atacar os seus adversários mais bem colocados nas pesquisas: Fátima Bezerra e Carlos Eduardo Alves.
Perguntada sobre o apoio do PT ao PSD nas últimas eleições, Fátima afirmou que, logo após ser eleito, Robinson “traiu” o projeto da aliança ao apoiar o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff e, por isso, o seu partido rompeu com a atual gestão. Fátima ressaltou seu trabalho pela educação, citando a expansão dos IFRNs e o Plano Estadual de Educação. A única mulher candidata ao pleito dentre os 8 nomes colocados foi quem teve as falas mais seguras e propositivas durante todas os blocos do debate.
O ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo, também foi muito questionado quanto a sua gestão na Capital do Estado. Acusado em quase todas as respostas de Robinson de ser o candidato das oligarquias, Alves afirmou que chegou até seu ponto atual na política com suas próprias pernas e ressaltou os feitos na prefeitura da cidade em suas gestões.
Ao ser perguntado sobre os investimentos em turismo, ele comentou que os investimentos culturais como o Carnaval em Natal foram cruciais para o crescimento do potencial turístico da cidade. “Eu acredito que uma cidade tem que ser boa primeiro para quem mora nela, e se ela é boa para quem mora nela, ela é muito boa para os turistas que a visitam”, comentou o candidato.
A segurança pública, notoriamente, foi um dos assuntos mais abordados nas perguntas. O professor Carlos Alberto, candidato pelo PSOL, defendeu o investimento na investigação policial para solucionar os crimes do estado. Para ele, um dos grandes problemas da Segurança Pública é a impunidade causada pela falta de recursos para a Polícia Civil.
A candidata petista aproveitou a oportunidade para ressaltar seu investimento de bancada para a segurança: “Este ano, a única emenda de bancada que eu tenho direito foi destinada a segurança pública”.
Atacado por Freitas Junior (Rede) por ter se intitulado em sua última campanha como “O governador da segurança”, Robinson comentou que a segurança pública é mais que questão de policiamento. “É necessário que haja um conjunto de ações sociais intensivas, é muito fácil atacar a segurança e isso não é um problema do RN, é um problema brasileiro”, afirmou.
Outro ponto bastante abordado foi a questão das contas atrasadas do estado, salários atrasados e greves frequentes de diversos setores marcam a atual gestão. Fátima, Carlos Alberto, Brenno Queiroga e Dário Barbosa destacaram em seus discursos uma Reforma Administrativa e o corte de cargos comissionados. Robinson afirma que pegou um estado quebrado: “Maia, Alves e Rosado faliram o Rio Grande do Norte, a minha gestão está pagando a conta”.
De acordo com a última pesquisa do Instituto Consult, a senadora Fátima lidera com 26% das intenções de voto, seguida por Carlos Eduardo com 16% e Robinson Faria com 9%.
Dos eleitores, 31% responderam que não votariam em nenhum candidato e 13% não souberam responder.
Ainda de acordo com a pesquisa do IC, 74% dos entrevistados desaprovam a gestão de Robinson Faria.
Outros destaques dos candidatos
Fátima Bezerra: “Quando eleita governadora, irei recuperar a governabilidade e a credibilidade sem gastar mais do que se arrecada. Os estados governados pelo PT também enfrentaram a crise e estão de pé seguindo e pagando suas contas em dia, não estão o caos que o RN está”.
Brenno Queiroga: “A nossa rede de ensino está totalmente sucateada, as escolas não são atrativas pros alunos. No nosso governo iremos usar da tecnologia, implementar o ensino integral e reforçar o espírito de empreendedorismo para o estudante recuperar o seu desejo de ir a escola e de conseguir um emprego”.
Heró Bezerra: “Vou falar com Bolsonaro para me ajudar a fechar as fronteiras, ajudando o governo estadual com destacamento em uma operação já denominada elefante seguro”.
Robinson Faria: “A constituição federal pede 9,5 da receita para investimentos em segurança, o nosso governo investe 15%. A crise de segurança é um problema de todo o Brasil, não só do RN”.
Carlos Alberto: “Nossa política de estado será a educação, nós temos que reduzir orçamentos para focar na educação, principalmente na educação e tempo integral e em creches para todas as crianças”.
Eu sempre me questiono de como vou estar daqui a um tempo. No ensino fundamental, um professor meu dizia que a idade certa de casar era aos 30 anos. Hoje na Universidade eu fico surpreso com algumas que provam que a vida e planos não caminham tão juntos assim. Pessoas da minha geração tendo filhos antes dos 20 e gente casando antes dos 30.
Aos meus 20, me questiono se vou continuar sendo essa mesma pessoa daqui a 10 anos. Minha aversão a relacionamentos continuou quando eu achei que teria um fim - e ainda não acho que tenho muita sorte nesse quesito. Essa semana, pessoas mais velhas, de 27/28 anos, me contaram que a gente nunca vai estar preparado para essas coisas. Nossa expectativa é que um dia sejamos totalmente maduros, mas nós nunca saberemos se um dia seremos mesmo. Então basta tentar ser.
Isso vale em todos os quesitos da vida. Por exemplo, o que me motivou vir aqui e escrever um texto foi ver Derrick Rose fazer 50 pontos, o ápice de sua carreira, na noite passada na NBA. Tudo isso aos 30 anos. Para que você entenda a dimensão de tudo, é importante saber que D Rose foi visto com muita expectativa na liga, MVP aos 22, esperança de renovação do Bulls, franquia que sofre até hoje com a despedida de Jordan.
Aos 22 de D Rose, provavelmente o mundo acreditava que ele estaria no nível das grandes estrelas aos 30. Mas lesões o impediram de ter um futuro que foi sonhado e planejado por ele. E eu cheguei a conclusão que independente do que nós imaginamos para o futuro, ele com certeza não vai seguir 100% o padrão. No fundo isso é algo bom.
Particularmente, nesse ano eu tinha expectativas menores em alguns quesitos e outras maiores em outros. Eu me vi incapaz de traçar um ano que na minha mente seria perfeito. E volto a dizer, por mais que em alguns momentos as conquistas tivessem o sabor de derrota, isso foi algo bom. Ver um atleta que eu sempre criei expectativa se reinventar aos 30, é saber que eu não preciso traçar muitos planos até chegar lá. Ver que alguns amigos de 27 - ou 28 - anos também não fizeram isso também me conforta.
Por fim, aos 30, talvez você se arrependa de coisas que você fez e que você perdeu aos 20. Aos 30 você pode realmente estar do jeito que você imaginava. Aos 30 você pode perder coisas que você sempre teve. Mas aos 30, ou aos 20, você pode esquecer todos os problemas e recomeçar do zero, assim como D Rose fez.
Nenhum comentário