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Lily - Uma história de dor, fé e vida

Com apenas 10% de chances de sobreviver, a jovem manteve a esperança e hoje conta sua vitória na luta contra o câncer 

Por Luciano Vagno

A jovem Liliany de Carvalho Fernandes levava uma vida normal como a de qualquer outra jovem de sua idade. Estudava, brincava e saía com os amigos para os passeios da Igreja. No entanto, aos quinze anos de idade, a adolescente descobriu algo que mudaria toda sua história: o câncer. 

Lily, como é mais conhecida, e sua família começaram a perceber algumas mudanças anormais em seu corpo. “Eu comecei a perder muito peso. Cheguei a pesar 35 quilos aos quinze anos”, conta. Sua família a levou para um clínico-geral e ele lhes disse que se tratava de uma hepatite. A jovem começou o tratamento da doença, entretanto, mais mudanças continuaram a ocorrer em seu corpo: caroços começaram a surgir em seu pescoço. O médico, então, lhe recomendou um oncologista. 

O encaminhamento ao oncologista, médico especialista em câncer, causou de imediato um estranhamento na família Fernandes. O novo médico exigiu uma bateria de exames para comprovar a suspeita que logo mais seria comprovada: um Linfoma de Hodgkin, um dos casos mais difíceis de obter cura. O câncer estava espalhado pelo tórax, abdome, fígado e pâncreas. 

“Não foi fácil. Foi bem complicado. Meu médico era ‘cru’ com as palavras, não poupava a verdade mesmo que isso doesse”, diz Lily. E acrescenta: “Ele nos disse que eu realmente estava com câncer e que estava em um estado muito avançado porque se espalhou de uma forma muito rápida. Eu nem percebi. Não doía. Só percebi quando começou a externar”. 

Em meio ao furacão que ocorria em sua vida, Lily, evangélica, membro da Assembleia de Deus, manteve firme a fé. “Deus está acima de tudo. Ele não mudou. Seu poder, sua glória e Ele vão além da Medicina. Os médicos diziam que eu tinha apenas 10% de chances de sair viva, mas eu sabia que no tempo certo Deus iria agir.” 

Lily na época do tratamento. Foto: Arquivo pessoal 
Lily tinha a firme convicção de que Deus iria lhe curar. Foi por essa razão que ela decidiu tirar algumas fotos de quando estava doente para futuramente tê-las como provas. “Algumas pessoas acreditam quando contamos minha história, mas outras precisam ver para crer”, afirma.

No início do tratamento, Lily passou quase um ano sendo submetida a quatro horas de quimioterapia todos os dias. Depois de um ano e dois meses nessa rotina, seu médico disse que a doença não regrediu em nada, o caroço estava com cinco centímetros e a dosagem precisou ser dobrada. As sessões de quimioterapia passaram a ser de oito horas diárias enquanto a quantidade de medicamentos orais subiu para quatorze por dia. O médico havia alertado a ela e sua família de que a jovem poderia precisar ser internada, pois o tratamento seria doloroso, e que ela iria sofrer. “Mesmo com o doutor dizendo que eu ficaria debilitada, eu nunca precisei me internar, graças a Deus, eu saía da clínica e ia direto para casa.”, conta. 

Lily relata que, dois meses após a intensificação do tratamento, Deus falou com o pastor Ivanildo Dias, que nesse tempo morava no México. “Deus disse para ele vir aqui orar por mim”. Aconteceu que, ano de 2003, o pastor Ivanildo foi à casa de Lily em Nísia Floresta, fez a oração e pediu para que fosse feito mais um exame. “Eu já estava careca, o que era horrível para mim, e fui mostrar o exame ao médico”, relembra. O que Lily e sua família ouviram do doutor foram palavras de espanto. Com um sorriso no rosto ela explica: “Ele sempre falava as coisas sem dó. Porém, quando viu o resultado do exame, disse que aquilo era inacreditável, que não estava entendendo. O caroço havia secado e não havia mais nada”. 

A jovem continuou fazendo exames de revisão por cinco anos, tempo que os médicos dizem que o câncer pode ficar adormecido, mas que pode despertar mais agressivo do que antes. 

“O médico quis que eu fizesse um transplante de medula óssea. Meus pais me deixaram à vontade para decidir se eu queria ou não fazer”. Mostrando mais uma vez o tamanho de sua fé, Lily conclui: “Eu orei pedindo a Deus uma resposta se eu deveria ou não fazer o transplante. Em um sonho, Ele me respondeu que não, então eu não fiz. E aqui estou eu. Há quatorze anos curada do câncer”. 

Hoje, com 31 anos, Lily leva uma vida normal. Concluiu o segundo grau, é formada em licenciatura de Pedagogia, trabalha como professora infantil no colégio Sagrada Família, além de ser radialista em um programa evangélico, está casada e planejando ser mãe. Atualmente, conta sua história de luta, fé e vitória para que as pessoas, principalmente as que estão passando pelo que ela passou, possam ter esperança em Deus e serem gratos pela vida. 

Lily nos dias atuais, saudável e curada do câncer. Foto: Luciano Vagno/Caderno de Pauta

2 comentários:

  1. Toda e glória ao nosso Deus!! Aleluia..

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  2. Deus é fiel eu creio que tudo ele pode ele é nosso deus do impossível quem crê nele recebe a graça

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