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1ª Semana de Jornalismo: Conferência com Leandro Fortes — as práticas jornalísticas no cenário de comunicação em rede

“O jornalismo está se modificando hoje porque todo o sistema está se modificando”, declara jornalista.

Por Ana Flávia Sanção e Letícia Dantas

Leandro Fortes. Foto: Alessa Oliveira
Ainda durante o segundo dia da Semana de Jornalismo, contamos com a presença do diretor executivo da Agência Digital Cobra Criada, o jornalista Leandro Fortes, para uma conferência que teve como tema “As práticas jornalísticas no cenário da comunicação em rede”. O mediador desta foi o Mestre e Doutor em estudos da linguagem e professor da UFRN Daniel Dantas.

Foram abordados temas como a migração do jornal impresso para o digital, o fim do jornal físico, a ascensão da comunicação em rede e a facilidade da disseminação de notícias falsas.  “O crescimento da conexão das pessoas é exponencial. Então, vai chegar uma hora que quase toda a população brasileira vai está conectada. Todo mundo está na realidade e está na segunda tela. Todo o tempo”, explica. 

Antes o jornalista ele  tinha intermediação exclusiva, entre o que acontecia no mundo e o que chegava para as pessoas. Ele era praticamente o único elo entre essas duas coisas. Com o surgimento da internet, com as redes o sociais, com os postais, enfim, com a era digital, essa  intermediação deixou de ser exclusiva.

Durante sua fala, o jornalista citou que a relação das pessoas com a tecnologia interfere no trabalho de produção e disseminação das notícias. O público está conectado ao mundo através das redes sociais. E são nelas que as notícias são transmitidas instantaneamente. Daí que surge preocupação com a disseminação das notícias falsas. “Informações falsas sempre existiram. Agora é um volume maior de informações falsas e elas são facilmente disseminadas”.

Mesmo assim, Fortes garante que a profissão continuará a existir e terá sua importância social, apesar de ser aplicada de maneira diferente. Segundo ele, temos que seguir a inovações do nosso tempo. “O jornal impresso já teve a sua importância, agora é a vez da internet. O jornalista não vai deixar de existir. Enquanto houver conflito, enquanto houver histórias, enquanto houver pessoas precisando de voz, é importante que haja também jornalistas”. 

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