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Festival de artes integradas natalense aconteceu nesse final de semana

Por L. G. Sousa

Foto: Ramon Pacheco

Aconteceu no final de semana do último dia 23, de baixo das copas das árvores do Bosque das Mangueiras e ao som de ótimas músicas, o Burburinho. Festival que ocorre em Natal desde 2017 e tem a participação de mais de 80 artistas locais. O evento cultural tinha como objetivo trazer visibilidade para os artistas e a ocupação de locais públicos de forma harmônica com a natureza.

“A gente tentou ser o mais pontual possível. Se tivesse só uma pessoa na plateia nos faríamos o espetáculo só pra ela”, disse a produtora cultural e diretora do evento, Nathalia Santana. “Tentamos o tempo todo deixar tudo perfeito, mesmo que a perfeição seja uma coisa difícil de se atingir”. O espaço tinha cadeiras, para que a audiência pudesse sentar e apreciar as árvores, e a música, enquanto esperassem por alguma atração. “O próprio ambiente vira uma atração”.

Com 24h de atrações dividas em três dias, o Burburinho englobou as áreas de artes visuais, cinema, música, até cozinha, dança e artesanato. “Não existia, em Natal, um festival de artes integradas”, disse a diretora do evento. “Existiam muitos festivais massas, mas por exemplo, um festival de teatro, o foco é no teatro. Mesmo que tenha outras atrações, ele não é necessariamente um festival de artes integradas, porque todas essas linguagens não estão proporcionalmente distribuídas”.

Artista Daniel Torres / Foto: Ramon Pacheco
O Burburinho queria trazer um público diferente para o meio artístico, e o Bosque das Mangueiras é um ambiente que sai dos meios de arte natalenses, que algumas vezes se restringem a rua Chile, e ao bairro de Ponta Negra. “Pra mim, que trabalho com artes visuais, sai de um eixo que é muito íntimo”, contou o artista Daniel Torres, que trouxe sua exposição, Pelo Pescoço. “Por estar num festival, traz uma dimensão de abertura”. 

Acontecendo das 14h até 22h, o evento trouxe uma audiência mais jovem, e atrações que puderam ser apreciadas por crianças e adultos. “É algo muito família, algo que eu tenho certeza que vem pra somar para o calendário de eventos de Natal”, disse Paulo Capistrano, produtor de eventos. “Achei legal principalmente o horário, porque ele é diurno, coisa rara aqui na cidade”, explicou a poeta potiguar, Regina Azevedo.

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