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Atleta potiguar enfrenta muitos outros gigantes fora das quadras de areia

“Se não for com o apoio externo, infelizmente, não tem como seguir com o sonho de ser atleta”, afirma Alana Michelly

Por Gideão Marques e Júlia Maciel

Alana Michelly em torneio internacional sediado em Maceió (Arquivo pessoal)

A atleta e professora Alana Michelly, 23, iniciou sua carreira profissional nas quadras em 2013 e a partir de então confronta os desafios da carência de apoio governamental. Foi só em 2017, com o lançamento do projeto “Bolsa atleta” estadual – e o enfrentamento de vários procedimentos burocráticos – que a jogadora conseguiu algum incentivo.

Muitos esportistas deixam de buscar o auxílio não só por falta de informação sobre como proceder com a documentação e declarações, mas também pela demora do processo (quase três meses). 

Entretanto, o patrocínio não é o bastante para cobrir os gastos demandados pelo vôlei de praia, uma vez que os jogos são disputados mensalmente. Além disso, o bolsa-auxílio não chega regularmente, havendo atraso no pagamento das parcelas.

“Não é o suficiente. Mensalmente têm gastos de passagens aéreas, hospedagens, alimentação... Isso sem contar com os gastos do dia a dia para manter a rotina dos treinos”, conta. “Os benefícios não são garantidos anualmente, tudo depende do resultado do atleta. Você tem que estar entre os três melhores do Brasil. Se não for o apoio externo, infelizmente, não tem como seguir o sonho de ser atleta.” 

O sentimento de injustiça por parte da jogadora é inevitável. Mesmo representando e orgulhando o estado em diversas capitais, conquistando títulos inéditos (como o do campeonato universitário internacional, "Beach games"), seu esforço ainda é menosprezado pelo governo.

Alana é um exemplo de jovem promessa do esporte brasileiro. Campeã em diversos torneios, ela representa uma inspiração para diversos jovens em todo o país que sonham em seguir carreira profissional. “[Ser atleta] representa satisfação por tudo o que eu consegui, todos os objetivos que conquistei, a pessoa que eu me tornei e por fazer parte da história do vôlei”, afirma. 

As melhorias para pôr em prática são várias. De acordo com Alana, só aumento do valor da bolsa não é suficiente, é preciso, acima de tudo, acabar com a corrupção de desvio de dinheiro, para que a verba direcionada para o incentivo seja real e totalmente aplicado no esporte.

2 comentários:

  1. Parabéns Alana, você vai longe...
    👏👏👏👏👏

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  2. Parabéns Alana, tem que correr atras de patrocinados, pois você tem um futuro brilhante pela frente...

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